sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sandra Bréa


Sandra Bréa Brito (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1952 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 2000), conhecida profissionalmente como Sandra Bréa, foi uma atriz brasileira. Foi considerada símbolo sexual do país na década de 1970.
Ela era famosa não apenas pelos seus muitos trabalhos, mas também por ter assumido publicamente, em agosto de 1993, que foi contaminada pelo vírus da AIDS, lutando contra a discriminação. Contudo, a atriz faleceu vítima de câncer de pulmão, sete anos mais tarde


Sandra Bréa iniciou sua carreira aos treze anos de idade, como modelo, e afirmava que se tornaria uma estrela de Hollywood. Aos quatorze, ela seguiu para o teatro de revista do Rio, onde estrelou Poeira de Ipanema.
Em 1972, o diretor Daniel Filho convidou-a para interpretar Telma, personagem da novela O Bem-amado, da Rede Globo.
Como atriz estreou, em 1968, na peça Plaza Suite, tendo sido escolhida para o papel pelo diretor João Bittencourt e pela atriz Fernanda Montenegro.
Contratada por Moacyr Deriquém, foi trabalhar na Rede Globo, estreando na telenovela Assim na Terra Como no Céu, em 1970. Seu primeiro grande papel, porém, foi no clássico O Bem Amado, de Dias Gomes, em 1973. Em seguida, atuou em Os Ossos do Barão e Corrida do Ouro, Escalada, O Pulo do Gato , Memórias de Amor, Elas por Elas, Sabor de Mel, Ti Ti Ti, Bambolê, Pacto de Sangue, Gente Fina e Felicidade. Com exceção de Sabor de Mel, feita na Rede Bandeirantes, todas as demais foram feitas na Rede Globo.
Logo que estreou na televisão, Sandra Bréa começou a fazer não apenas novelas, mas também shows, como Faça Humor, Não Faça Guerra, onde conheceu Luís Carlos Miele, que veio a ser seu parceiro em uma série de apresentações que misturavam canto, dança e humor, principalmente no programa Sandra e Miele, apresentado pela Rede Globo a partir de 1976, tornando-se um grande sucesso de crítica e de audiência.
Muito bonita, Sandra Bréa foi um dos principais símbolos sexuais do Brasil, principalmente na década de 1970, tendo posado nua diversas vezes para as revistas como Status e Playboy, entre outras. Sua beleza também rendeu convites para filmes eróticos (como Sedução; Cassy Jones, o magnífico sedutor; Herança dos devassos, Um uísque antes, um cigarro depois e Os mansos) e pornochanchadas. Seus primeiros nus foram feitos ainda na década de 1970, em pleno regime militar, quando esse tipo de coisa era bem menos comum.

Saúde e morte
Desde que anunciou que era soropositiva, Sandra Bréa se afastou de tudo e de todos; era o fim de sua carreira. Em dezembro de 1999, seus médicos detectaram um tumor maligno no pulmão em estágio avançado e lhe deram seis meses de vida. No mês seguinte, foi internada e submetida a uma biópsia. A proposta foi de um tratamento à base de quimioterapia e radioterapia. Sandra recusou. Escondeu por um tempo sobre a doença. Quando revelou-a, primeiramente disse ter se infectado em uma doação de sangue contaminada, pois em 1991 sofreu um grave acidente de carro em que precisou de transfusão. Porém, pesquisas constataram, que naquela época só eram infectadas mulheres no interior, onde não havia uma fiscalização adequada. Então, descobriu-se que ela manteve relações sexuais sem uso de camisinha com um cabeleireiro bissexual que morreu de AIDS em 1989, e também com um fotógrafo portador do HIV em 1992, sendo que óbvio, ela nem sabia que eles tinham a doença, e possivelmente eles também não sabiam que tinham. Pode ser de um deles que pegou a doença que ainda mata e não tem cura.
No final de abril de 2000, já praticamente sem voz, com muitas dores, insuficiência respiratória e febre, a atriz concordou em receber um oncologista.
Em 2 de maio de 2000, ela foi levada ao Hospital Barra Dor para fazer uma tomografia

computadorizada. Não soube o resultado, pois morreu dois dias depois em sua casa, em Jacarepaguá. “Não morrerei de Aids”, dizia. “Vou morrer como qualquer um, atropelada.”

Vida pessoal
De 1972 até 1975, Sandra Bréa foi casada com Eduardo Espínolla Netto, de quem se divorciou. Sandra também teve outros dois maridos, Antonio Guerreiro e Arthur Guarisse.
Ela deixou um filho adotado, Alexandre Bréa Brito, com quem alegadamente estava brigada à época de sua morte.

Carreira

No cinema
As Aventuras de Mário Fofoca (1982)
Convite ao Prazer (1980), como Ana
Sede de Amar (1979), como Tânia
Os Imorais (1979)
Sábado Alucinante (1979) como Laura
Herança dos Devassos (1979)
A República dos Assassinos (1979)
A Noite dos Duros (1978)
Amada Amante(1978), como Fátima
O Prisioneiro do Sexo (1978), como Ana
Sedução (1974), como Flametta
Os Mansos (1973),
Cassy Jones, o Magnífico Sedutor (1972), como Clara
Um Uísque Antes, Um Cigarro Depois (1970)

Na televisão
1997 Zazá ... como ela mesma
1996 Antônio dos Milagres
1991 Felicidade ...como Rosita
1990 Gente Fina ...como Janete
1989 Pacto de Sangue ...como Francisca Matoso
1987 Bambolê ...como Glória Muller
1986 Hipertensão ... participação especial
1985 Ti Ti Ti ...como Jacqueline
1983 Sabor de Mel ...como Laura
1982 Elas por Elas ...como Vanda
1982 Estúdio A... Gildo
1979 Memórias de Amor ...como Lívia
1978 O Pulo do Gato ...como Noêmia
1976 Sandra e Miele ...como Sandra
1975 Escalada...como Roberta
1974 Corrida do Ouro ... como Isadora
1974 Mulher
1973 Os Ossos do Barão ...como Zilda
1973 O Bem-Amado ...como Telma Paraguaçu
1972 Bicho do Mato
1972 Uau, a Companhia
1970 Faça Humor, Não Faça Guerra
1970 Assim na Terra como no Céu... como Babi

Um comentário:

  1. Sandra Brea está e sempre estará eternizada em minhas lembranças. A vida continua pós morte.Amém!

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